quarta-feira, 27 de maio de 2009

Programa para fazer diagramas

http://www.baixaki.com.br/download/yed-graph-editor.htm

Clique ali em "clique para baixar"; Depois é seguir as instruções do instalador. Esse programa só tem duas opções de língua: inglês e alemão.

Quanto ao uso do programa, aprendi fuçando, mas basicamente se escolhe no menu da esquerda a forma que se quer colocar no diagrama, pode-se arrastá-la ou selecioná-la e depois clicar na área em que se quer...

No menu da direita escolhe-se a cor, e outras opções;
Para colocar texto, clica-se com o botão esquerdo, selecionando o objeto, e clica-se F2, mas é possível fazê-lo também clicando com o botão direito, e também no menu da direita, bem abaixo, onde também se coloca o link.

As setinhas são puxadas dos quadrinhos, e podem ser editadas...

Era isso, depois pode-se escolher formatos para o diagrama... negócio é experimentar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ficha Canclini - Renata

http://rapidshare.com/files/235384576/N_stor_Garc_a_Canclini.pdf.html

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Questões sobre o texto de Nestor Garcia Canclini

Faça o download do arquivo

ou leia abaixo:

Questões sobre o texto de Nestor Garcia Canclini

1. Que se propõe o autor a investigar no texto? Na tua opinião ele o faz?

2. Parece-te válida a opinião do autor de que sejam pensadas juntas “a configuração geopolítica dos saberes” e a “organização transnacional das representações e imagens em artes visuais e na produção industria cultural”? Justifica.

3. Porque o autor afirma que há uma analogia e não uma relação causal entre saberes e imaginários afetivos distribuídos na produção internacional de conhecimentos?

4. Segundo o autor o que está acontecendo com as noções tradicionais de obra e sujeito?

5. Porque o autor fala em conjunto do campo artístico, empresarial e midiático?

6. Que dados levam-no a afirmar que o que sucede em termos de globalização da cultura (alcance transnacional de atores e instituições) nas artes visuais se aproxima ao que sucede na indústria cultural? Como você vê esta situação?

7. A que se refere o autor com o termo “campo-mercado”? E como percebes esta relação no campo da arte?

8. Como podes pensar a Bienal MERCOSUL nas “varias escalas em que se articula a interculturalidade, saindo do exclusivamente global ou local” de que fala o autor?

9. “Não há contexto, nem processo nem lugares de sujeito específicos dos artistas.” Concordas com esta afirmação do autor? Justifica.

10. Como se posiciona o autor frente as buscas alternativas de artistas e instituições? Como tu te posicionas?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Seminário Rizolli Polanco

O seminário sobre os textos dos autores Polanco e Rizolli deu-se através de uma nova dinâmica dentro de nossos encontros: cada aluno foi convidado a falar individualmente sobre pontos centrais do texto e, preferencialmente, sem interrupções dos colegas ou da professora. Esse método foi bastante interessante pois nos obrigou a desenvolver uma idéia sobre os textos com início, meio e conclusão, sem dispersões típicas de um debate mais livre. Tal dinâmica funcionou mais no início do seminário, com o passar do tempo foi inevitável que a conversa se tornasse mais fluida. Quando foi a minha vez de falar sobre o texto da autora Aurora Polanco, aproveitei as questões colocadas sobre recepção da obra de arte para debater com os colegas a questão da comunicação dentro do campo artístico e, sobretudo, o gap que existe entre a intenção de alguns trabalhos artísticos e o que é perceptível ao público de uma maneira geral. A professora colocou que sua escolha dos textos em questão se deu justamente para que esse debate se criasse e que os artistas/pesquisadores possam refletir sobre o diálogo entre a pesquisa e o público na criação artística.

Terceiro Seminário.

Comentário sobre os textos de Aurora Polanco e Marco Rizolli do 3º Seminário da disciplina de Metodologia em Arte:
O presente comentário centra-se nos textos Otro mundo es posible ¿Qué puede el arte? de Aurora Polanco e A arte e sua natureza interdisciplinar escrito por Marcos Rizolli.
O texto de Polanco foca sua abordagem na questão da relação perceptiva da imagem na composição da sociedade contemporânea. A autora fala sobre um mundo-imagem, que representaria um processo amplo, transcendendo questões estéticas, sendo econômico e social, constituindo um espaço de troca que, embora contaminado por narrativas oficiais e de monopólios da palavra e imagem, empobrecido, escuro e superficial, é nossa arena relacional. Dentro deste perímetro, segundo a autora, o campo de ação provável das artes é não aprofundar esta imagem-superfície, mas sim enriquecê-la e ampliá-la e dar-lhe definição na instauração de uma nova cultura. Citando Didi-Huberman, a autora propõe, além das ações anteriormente citadas, dar às imagens o tempo. Com estas ações, segundo a autora, a experiência estética passa a ser uma modalidade com a capacidade de restaurar nossa capacidade de percepção. A autora acrescenta, ainda, que há a possibilidade de “tocar” o real através de uma arte de contra-informação, que se apóia em uma crítica à desinformação circundante. A autora também acrescenta a opinião de Ranciére sobre micro-situações em que o encontro com o heterogêneo pode exigir o alargamento da sensibilidade e que este processo transforma o estatuto de espectador para o de agente. Outro ponto importante apresentado é a questão da arte como experiência, formulada através da citação de Macba, onde o museu emerge como uma plataforma local de investigação, de possibilidade, de novas formas de interação social, sem limitar seu espaço de exibição. Outra questão fundamental do texto, onde a autora cita Ranciére, é a relação dicotômica de “contemplação/distração” na área da experiência estética, que está relacionada com os comportamentos de consumo de uma sociedade pós-fordista. Estes comportamentos sociais influenciam de forma sistemática a percepção estética em toda a sua subjetividade, experiência e fruição temporal. Dentro desta relação entre atenção e distração, Walter Benjamin aborda a distração através da sua divisão em dois tipos: entretenimento e distração produtiva; enquanto John Dewey correlaciona a atenção com as experiências de choque: a dissociação e a novidade, considerando estas como uma maneira efetiva de chamar atenção. Dentro desta abordagem, as práticas das vanguardas do século XX demonstram entendimento deste processo de ação em busca de atenção.
No texto de Rizzoli, o autor busca criar uma taxidermia do processo criativo, através de uma abordagem que considera a sua complexidade. Envolvendo os meios mais diversificados de recursos comunicativos, os mais amplos materiais e as mais variadas nuances expressivas, Rizzoli cria uma divisão de caminhos racionais que o artista segue: códigos de linguagem, materiais e modos de expressão internos e externos do sujeito criativo. Para exemplificar seu ponto de vista de forma semiótica, o autor cita o processo e a reflexão critica de três artistas fundamentais na história da arte, da Vinci, Duchamp e Beuys, de maneira fragmentada, através de seus próprios escritos, pinçados por uma seleção do autor. Esta construção textual procura construir uma abordagem artística e sua relação com a inserção em seu tempo, bem como o desenvolvimento de seus processos artísticos e linguagens particulares. Da Vinci estrutura sua obra impregnado pela idéia da experiência do sensível e da razão, e nas possibilidades recombinastes desta junção.“A vida na terra se manifesta na diversidade das espécies e no jogo incessante dos elementos – potências animadas cujas combinações e rupturas explicam a diversidade dos fenômenos” (Chastel, op. cit., p. 427). Ao analisar Duchamp, Rizzoli ressalta sua construção libertária da técnica em direção de uma expressividade nova, intelectual e cooperativa com o espectador. Em Beuys, Rizzoli aponta a questão do valor simbólico da materialidade que integra a ação artística e cotidiana. O autor também analisa a arte como um campo expandido da economia, um palco de ações humanas e políticas que se integram em um “organismo social articulado”, segundo Beuys. Rizzoli entrecruza a análise de procedimentos artísticos para criar o vislumbre sobre suas possibilidades de instauração, de método, de sua abrangência e suas formas de recepção.

Referências:RIZOLLI, M. A arte a sua natureza Interdisciplinar. In: 16º Encontro Nacional da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, 2007, Florianópolis - SC. Anais do 16º Encontro Nacional da ANPAP, 2007POLANCO Aurora. Otro mundo es posible ¿Qué puede el arte? Estúdios Visuales V5 enero 2007.

Comentário sobre o Seminário

Textos referenciais: RIZOLLI, M. A arte a sua natureza Interdisciplinar. In: 16º Encontro Nacional da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, 2007, Florianópolis - SC. Anais do 16º Encontro Nacional da ANPAP, 2007 POLANCO Aurora. Otro mundo es posible ¿Qué puede el arte? Estúdios Visuales V5 enero 2007.

Os dois textos abordam a arte a partir de uma visão do fazer artístico. No caso de RIZOLLI, uma abordagem de como diferentes produções em diferentes épocas responderam a questões e necessidades da própria arte, e nas diferenças de procedimentos dos artistas abordados pudemos acompanhar como a questão também se modificou. Esse texto possui muitas citações e o posicionamento do autor diante dos dados que nos fornece é pouco evidente, os exemplos de Leonardo da Vinci, Duchamp e Beuys não possuem nenhuma ligação mais evidente do que as inovações de técnica ou postura que o autor apresenta. No texto de POLANCO a questão da recepção é o foco, passando pelas situações de atenção e dispersão, e de como o observador pode ser pensado em uma produção. A questão mais importante para mim é de como a contemplação não necessariamente precisa ser algo passivo, mas sim algo que, através da atenção do receptor, pode ampliar a própria obra.

Resumo do III Seminário (23.04.09) – Flavya Mutran

A arte enquanto experiência estética e sensória entre artistas e o público, e os processos artísticos como método de pesquisa foram os temas principais do III Seminário sobre Criação Artística e Regimes Visuais da disciplina Metodologia da pesquisa em Artes, de Ma. Amélia Bulhões para a turma de Mestrado 17 no IA/UFRGS. Ao questionar ‘Otro mundo es posible ¿Qué puede el arte?’, a professora Aurora Polanco[1] desenvolve uma série de reflexões sobre a relação entre informação e imagem, recepção e compartilhamento social através da arte, quando, após os anos 1960, esta passou a ser pensada não só em termos de evento, mas de ação, de práxis. Embora nossa relação com a arte esteja permeada de contatos midiáticos, a autora aponta para a necessidade de se expandir a superfície da imagem para um novo canal de fruição que não esteja restrito à informação ou a fantasmagoria anestésica muitas vezes imposta por uma relação superficial entre espectador e obra. Polanco fala sobre a necessidade de contemplação da imagem em superfície de forma expandida, dentro de outra perspectiva não idealista, diferente da busca por uma investigação desconfiada sobre as ‘reais’ significações veladas circunscritas à imagem.
Citando vários autores em seu texto[2], Polanco afirma que imagens são meios de comunicação e compartilhamento social, mas as formas e o tempo de contemplação para a arte mudam em duração e qualidade a partir da atenção do espectador. Entre os principais pontos discutidos sobre o texto de Polanco, o debate girou em torno da concepção de recepção que a autora trata no artigo, quando afirma que a arte ajuda a fazer pensar, e os artistas muitas vezes não estão conscientes da importância da recepção dentro deste processo de mediação entre o espectador e a obra. Captar ou reter a atenção do espectador depende de estratégias adotadas pelos artistas que combinem distração e percepção partilhadas de forma expandida e prolongada.
É pelo viés da criação artística e os mais diversificados recursos comunicativos entre o artista e o público que o pesquisador Marcos Rizolli[3] propõe pensar a arte e sua natureza interdisciplinar. Para este autor, a criação artística deve ser compreendida como uma multitarefa em que o artista, enquanto cria, se envolve com toda sorte de conhecimentos, agindo ao mesmo tempo com ampla subjetividade e objetividade determinadas pelas escolhas de caminhos técnicos e racionais. Para exemplificar o caráter interdisciplinar do fenômeno da criação artística, Rizolli cita a metodologia de pesquisa e trabalho de três artistas paradigmáticos: Leonardo da Vinci, Marcel Duchamp e Joseph Beuys. De períodos e contextos diferentes, cada artista encontrou no seu método de criação maneiras de abordar as questões do seu tempo.
Para Leonardo Da Vinci a comunicação entre a natureza e a arte correspondia à representação de um prioritário objeto-lei: o olhar, e é no quadro que se estabelece um sistema de relações visuais em que ele (o olhar) é, na realidade, um intermediador do intelecto com o mundo. Já para Duchamp, o interesse estava em decifrar o mundo por intermédio do cotidiano, transformando a arte numa ação direta do pensamento e da sensibilidade. Seu interesse voltava-se para a materialidade da arte e a mais absoluta liberdade expressiva para lidar com a maneira com que o espectador se relacionava com as questões de representação a partir da obra. Diferentemente dos anteriores, Beuys partia da idéia de arte como evento, e a própria vida como experiência estética. Ao traçar uma resumida análise semiótica dos processos de criação desses três artistas, Rizolli afirma que
‘(...) a arte e o seu conhecimento semiótico são traduzidos em atitudes interdisciplinares que, do todo às partes e das partes ao todo, forma um universo paralelo de compreensão da existência humana – e que, às vezes, apresenta-se com tal legitimidade que ocupa o espaço do real: aqui e agora, na linguagem. [e conclui] objetivamente, em subjetividade, há algo no fenômeno artístico que jamais poderemos acessar. ‘ (RIZOLLI, p.06)
Complementares apesar de abordagens diferentes, Marcos Rizolli e Aurora Polanco analisam a relação entre artista, obra e espectador e seus mecanismos de conexão para tratar dos temas relacionados com o processo de criação da arte enquanto experiência sensória simbólica.

[1] POLANCO, Aurora. Outro mundo es posible. Que pude El Arte? Estúdios Visuales, V5, Madrid, CENDEAC, enero 2007.
[2] Entre outros a autora cita Susan Buck-Morss, Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman:, Jacques Ranciére e Hannah Arendt.
[3] RIZOLLI, Marcos. A arte a sua natureza Interdisciplinar. In: 16º Encontro Nacional da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, 2007, Florianópolis - SC. Anais do 16º Encontro Nacional da ANPAP, 2007.

Camila Schenkel - Comentário sobre o seminário Polanco/Rizolli

POLANCO, Aurora. “Outro mundo es posible. Que pude El Arte?” Estúdios
Visuales, V5 , Madrid, CENDEAC, enero 2007

RIZOLLI, M. “A arte a sua natureza Interdisciplinar”. In: 16º Encontro
Nacional da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas,
2007, Florianópolis - SC. Anais do 16º Encontro Nacional da ANPAP, 2007

O seminário foi iniciado com o texto de Aurora Fernandéz Polanco, professora do departamento de arte contemporânea da Universidade Complutense de Madri, em uma dinâmica mais livre, em que os alunos eram chamados a falar, um de cada vez, sobre o texto, podendo apresentar sua compreensão geral, os pontos considerados mais interessantes ou complicados, complementos aos assuntos abordados ou críticas. Os câmbios perceptivos na apreciação da arte atual e os novos desafios que eles impõem à produção foram bastante discutidos pela turma, concentrando a maior parte do seminário. As mudanças de paradigma das imagens, a emergência de um novo tipo de contemplação, impura, que se dá em meio à distração, o poder da arte de colocar o pensamento em movimento e sua vinculação com o contexto social foram também foram idéias apresentadas pela autora destacadas em sala de aula.
O segundo texto, o do professor paulista Marcos Rizolli, recebeu uma atenção menor. Menos alunos foram chamados a falar sobre ele, em menos tempo, e a discussão foi mais baseada nos conhecimentos prévios do trabalho dos artistas abordados pelo autor do que nas idéias apresentadas no texto em si, refletindo problemas da própria estrutura do texto de Rizolli. A adaptação de trechos de sua tese de doutorado para o texto da apresentação em um encontro da ANPAP acabou gerando um texto fragmentado, em que as passagens entre os artistas cujos processos de trabalho ele aborda são desconectadas, citações se amontoam sem a referência bibliográfica apropriada, dificultando seu acompanhamento, e há um grande salto entre o que ele anuncia no resumo e na introdução e o retrospecto que ele traça na conclusão. Há de se convir que abordar o trabalho de Leonardo da Vinci, Duchamp e Beuys e ainda pretender, a partir dessa análise, conhecer os “meandros próprios do ato criativo ao mesmo tempo auto-gênico, derivado e, imaginariamente, definitivo – até que se manifeste um novo e necessário desejo de linguagem”, como ele anuncia em seu resumo, é tarefa grande demais para o formato de texto escolhido pelo autor. Apesar de propor uma reflexão temporalmente bem mais ampla que a de Polanco (Rizolli trata das mudanças no processo de criação artística do Renascimento à crítica do modernismo), o segundo texto trabalhado acabou gerando menos discussões. Seu debate em aula, no entanto, serviu para suprir algumas das faltas que senti durante sua leitura.
Na parte final do seminário, tentou-se traçar um contraponto entre esses dois textos centrados em pontas diferentes da experiência estética (um na criação, o outro na recepção), e refletir sobre os novos problemas colocados para a arte a partir das mudanças do regime moderno ao contemporâneo.