quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comentário do Seminário II – Camila Schenkel

O segundo seminário realizado pela turma apresentou duas grandes diferenças em relação ao anterior: em primeiro lugar, foram abordados dois textos de autores distintos, que se complementavam pelas diferenças de abordagem e contexto estudado. O texto de Walter Zanini traça um rápido histórico do pioneiro e improvisado estabelecimento da área de História da Arte na USP, evidenciando a fragilidade da disciplina no país. Já José Luis Brea, em Estética, Historia del Arte, Estúdios Visuales, discute os novos desafios que as mudanças recentes no campo das práticas culturais colocam para as ‘ciências da arte’ tradicionais, salientando a importância da adequação da reflexão teórica a um campo cada vez mais vasto e variado, permeado por diferentes áreas do conhecimento.

A segunda novidade dizia respeito à estrutura do seminário: dessa vez, ao invés de se organizar a partir de perguntas previamente formuladas pela professora, os próprios alunos deveriam elaborar questões a serem respondidas em aula pelos colegas. Algumas foram feitas mais com o intuito de propor um debate, outras para checar a compreensão de pontos considerados importantes. Mas a desconfortável posição de elaborar perguntas para os colegas sobre um material ainda pouco assimilado acabou truncando as discussões. O texto do Brea era longo, complexo e apresentava várias questões relacionadas à produção e à reflexão de produtos culturais, gerando a dúvidas em relação a que trecho escolher para originar uma que pudesse ser respondida por um colega (entre tantas colocações, eu fiquei particularmente preocupada se aquilo que havia chamado minha atenção em especial também pareceria importante para os outros). No texto do Zanini, bem mais curto e acima de tudo fornecendo dados sobre a história da história da arte no país, a dificuldade era conseguir elaborar uma pergunta que não se referisse somente a datas e nomes e nem fosse a mesma dos outros colegas. Essa estrutura incômoda, no entanto, serviu para ver como o foco de atenção das leituras variam de pessoa a pessoa.

A parte mais interessante do seminário foi pensar em como os dois textos se relacionam e em como são representativos do contexto em que seus autores estão inseridos: de um lado um autor espanhol, formado dentro da tradição da história da arte européia e portanto impulsionado a fazer a crítica dessa tradição e investigar como ela pode responder aos problemas da visualidade contemporânea, e de outro o testemunho de uma das figuras mais importantes na instauração da recente e ainda frágil área de história da arte no país. A combinação dos textos chamou evidenciou a peculiar zona de choque em que estamos, entre a vontade de instaurar e a necessidade de desconstruir uma tradição muitas vezes acompanhada de longe, trazendo as questões de como a bastardia disciplinar proposta por Brea poderia ser adotada no contexto do panorama descrito por Zanini e em que medida ainda seria válido insistir na consolidação de uma área que para muitos já não dá mais conta da 'contaminada' produção visual atual.

BREA, Jose Luis. “Estética, Historia del Arte, Estudio Visuales”. In: Estúdios Visuales n.3. Madrid, CENDEAC, enero 2006.

ZANINI, Walter. Arte e Historia da Arte. Estudos avançados vol8 n.22 São Paulo, set/dec 1994.

Comentário do Seminário II

Comentário do Seminário II
Referente os textos de José Luis Brea e Walter Zanini.

BREA, Jose L. Estética, História de Arte, Estúdios Visuales, in Estúdios Visuales n.3 Madrid, CENDEAC, enero 2006.

ZANINI, Walter. Arte e História da Arte. Estudos avançados vol.8 n.22 são Paulo, set/dec 1994.

O autor Brea lança três opções para que as antigas Ciências da Arte se adaptem às transformações da imagem, como a sua forma eletrônica, que afetam o campo das práticas culturais num contexto de globalização contemporânea, ao novo marco dos Estudos Visuais que abarcam todas as questões visuais, inclusive a Arte, mas abrangendo uma gama de campos mais ampla.
Nem os suportes, nem as linguagens toleram delimitação, isto vem exigindo (dos discursos) uma flexibilidade similar, cada vez mais amplos, para dar conta deste problema Brea cita algumas opções, entre elas, a de criar uma nova disciplina específica para tratar destes efeitos de sociabilidade, subjetivação, produção e distribuição de imaginários de identificação cada vez mais complexos e híbridos, ou abrir amplamente os territórios, que reconsideradas pelo próprio autor, que logo aponta uma outra direção, que mescla as alternativas anteriores:
Não criar uma nova disciplina, mas aceitar o cruzamento entre as disciplinas já existentes, ampliando as fronteiras, promovendo a interdisciplinaridade entre elas. O que Brea denomina de território extendido: fronteiras e regras disciplinares menos demarcadas e maior cruzamento das dimensões sociais, políticas e antropológicas.
Este cruzamento já é possível de certa forma na Instituição de ensino na qual estamos inseridos, a qual abre a possibilidade de cursarmos qualquer disciplina que desejarmos sem qualquer custo adicional, como disciplinas do curso de antropologia, arquitetura, ciências sociais, etc., possibilitando este cruzamento de fronteiras. O que depende de uma procura da parte dos alunos interessados, por professores e colegas que estejam abertos à trocas e enriquecimento mútuo.
Já Zanini não trata de questões tão amplas, trazendo no entanto dados sobre como surgiram cursos de Arte, História da Arte, Teoria e Crítica no Brasil, pois sequer existia em nosso país um campo denominado Estudos Visuais, na época em que escreveu o texto.
Brea, discorre sobre como trazer os problemas do passado para pensar e levantar questões do campo em que estamos inseridos hoje – submetendo o presente a uma constante atualização e resignificação. Buscando as origens para conhecer o próprio campo, e a partir deste entendimento maior das origens poder questionar as regras hoje em vigor, através deste embasamento, possibilitar um mundo acadêmico mais reflexivo e crítico.
Comparando este modo de ver o passado, para melhor compreender o presente, de Brea, com os dados fornecidos pelo texto de Zanini, que nos trazem embasamento histórico sobre a influência européia, desde os professores, mestres e doutores que formaram os cursos de arte e sobre arte no Brasil, e que desde então, contribuem na pesquisa e ensino da arte e sua história, a maioria deles teve formação em Universidades européias tradicionais, como a Sorbonne e École de Chartes, e que, somente a partir dos anos 70 foi iniciada a formação de mestres e doutores no país, continuando a tendência indireta dos modelos europeus, até as publicações estudadas em nossa contemporaneidade.
Observo que há uma contraditória busca pela quebra de paradigmas, perseguida por nossos pesquisadores, em contraponto com a inexistência de uma tradição fundamenta no Campo da Arte tanto na Teoria, na Crítica, como na própria História da Arte no Brasil. Somos contra regras que ainda não foram estabelecidas, no entanto, é preciso primeiro criar nossas próprias regras para depois subvertê-las.
Como coloca Zanini, razões complexas levam à instituição primeiro de cursos de pós-graduação antes do estabelecimento do curso básico, além de outros problemas que ele coloca, os quais continuam muito atuais, embora haja uma qualidade e quantidade maior e de bibliotecas, o acesso nestas é restrito, assim como nos acervos não particulares, documentos estão se perdendo, se deteriorando por falta de cuidados, ou falta de local apropriado para acervo é preocupante, pois é nossa história que está se perdendo. Como no Acervo do Instituto de Artes, obras e documentos não possuem espaço físico suficiente, nem temperatura adequada.
Segundo Zanini, os princípios e métodos europeus e americanos, ainda dominam os estudos emergentes em contextos humanos e históricos em nosso continente, cabendo aos pesquisadores atuantes, contribuir para o próprio Campo, estas preocupações críticas que tencionam o Campo, segundo Brea, deveriam ser o objeto próprio de que deviam ocupar-se as ciências da arte, e
propõe, complementando, um posicionamento: de repensar o lugar da arte num contexto geral globalizado, de transformação das práticas e formações culturais - com o crucial assentamento de sua forma eletrônica – incorporando tecnologias aos processos de produção e distribuição - transformações estas que afetam o campo cultural, produzindo a economia do capitalismo del conocimento, ou, capitalismo cognitivo, onde o conhecimento é o valor. O Capitalismo não cria o objeto, mas cria o conceito sobre o objeto que irá agregar valor ao mesmo.
A arte é trabalho imaterial, exatamente como o capitalismo, ela produz valor, conceito, sem necessidade de produzir o objeto. O objeto desaparece e fica só o conhecimento, como por exemplo exposições onde documentos de uma determinada ação poética substitui o objeto artístico.

Fernanda Manéa

Novas Humanidades

Este comentário se refere ao segundo seminário da disciplina de Metodologia da Pesquisa em Artes e abrange os textos Estética, história da Arte, Estudos Visuais de José Luis Brea e Arte e História da Arte de Walter Zanini. É importante considerar que este presente comentário como referente à aglutinação dos dois textos, considerando em parte o andamento das discussões do seminário e a complexa, tendenciosamente e paradoxal relação entre um texto como o de Brea, que sugere uma complexidade no estudo da História da Arte apoiada na transdiciplinaridade e na hibridização com outras áreas, com o de Zanini que expõe a precariedade do estudo das Artes no país. O texto de Brea ressalta a dificuldade de uma disciplina que se estruturou sobre uma metodologia baseada na existência de escolas, movimentos estéticos e Mestres reconhecidos na área que sucediam em uma linha de tempo com as necessidades atuais do estudo da História da Arte onde a pulverização de estilos, meios e materiais embaçam a definição do objeto artístico e possibilidade da aplicação das classificações anteriormente utilizadas. A vereda do texto de Brea e que levantou mais questões durante o seminário foi em relação à instrumentação necessária para historiadores e críticos de Arte, que segundo o autor, passa pela reconstrução metodológica sobre o campo das Artes que se ramifica em outras áreas do conhecimento. Este novo viés tem o objetivo de reedificar e redefinir a percepção do campo da Arte, que ele chama de campo estendido. Brea aponta o dilema dos estudos visuais.“O bien reconocer definitivamente que no hay verdadero “diferencial” epistemológico entre ese âmbito extendido de objetos visuales y de lãs prácticas artísticas –lo que significa dejar de encastillar-se em la invocación de la “autonomia” del Arte...(Brea. p. 11).Onde a questão sobre o estatuto do objeto artístico e seu valor simbólico e ampliação do campo da arte excedem os recursos anteriormente solidificado na analises em Artes visuais. O autor coloca como uma possibilidade de abordagem sobre o problema a assimilação da ausência da definição de um corte epistemológico em relação aos objetos, processos e práticas contemporâneas e a possibilidade de cooperação-confrontação interdisciplinar. Segundo Brea, este recurso de abordagem , permite abarcar a complexidade do campo expandido das Artes onde tal novo objeto da Arte se encontra contaminado. A partir deste processo metodológico o autor sugere a criação das Novas Humanidades , constituído por um novo território que abarca esta transdiciplinaridade de múltipla cooperação onde questões que vivificam os trabalhos artísticos contemporâneo e que fluem através da semiótica, economia, ecologia, entre tantas outra áreas tenham recursos, instrumentações para sua apreensão. É importante colocar que esta Nova Humanidade não sugere a criação de uma nova disciplina, mas sim instrumentações para encarar um problema especifico através desta bastardia transdiciplinar.
“(...) Se trata más bien de proveer las herramientas que le permitan desmantelar críticamente los paradigmas y visiones del mundo que ella administra, aumentando y refinando al mismo tiempo su apertura y sensibilidad a la diversidad cultural e identitaria.” (Brea. p. 15).Outra questão relevante e que toca diretamente a abordagem do meu trabalho é a questão levantada por Brea em relação a diacronia e a abordagem do patrimônio cultural e a possibilidade de reestaurar possíveis e significantes passados e questionar, através destes, o conjunto de eventos que constitui o presente. Este repensar continuo através das múltiplas possibilidades que o passado sempre sustenta.
O texto de Zanini traça de forma didática a evolução, como o próprio autor coloca, capenga da História da Arte no Brasil. Um dos fatores reincidentes desta dificuldade é a dependência da Historia da Arte como uma disciplina autônoma sendo esta sempre atrelada como um complemento de outras áreas de conhecimento e conseqüentemente as dificuldades que tal processo acarretou na Crítica e Historia da Arte na produção brasileira.
Referências: BREA, Jose L.. Estética, Historia de Arte, Estúdios Visuales, in Estúdios Visuales n.3 Madrid, CENDEAC, enero 2006. ZANINI, Walter. Arte e Historia da Arte. Estudos avançados vol8 n.22 São Paulo, set/dec 1994 .

Comentário

COMENTÁRIO SOBRE O SEMINÁRIO ZANINI E BREA

O seminário sobre os dois textos lidos foi bastante interessante, a começar pelo método proposto de elaborarmos perguntas para propor aos colegas. O próprio exercício de ter de pensar nos temas do texto para essa tarefa nos obrigou a fazer uma leitura profunda das idéias trazidas pelos autores – especialmente no texto de Brea.
Nos familiarizamos com vários termos da arte que eram desconhecidos à maioria da turma tais como “ capitalismo cognitivo” e “autonomia da arte” na visão de Pierre Bourdieu. Fora isso, também criou-se um elucidativo debate sobre as associações de críticos no país, no qual pudemos entender um pouco melhor sua importância e funcionamento.
Tratando especificamente das questões trazidas pelos textos, me chamou bastante atenção o conceito de não-neutralidade do objeto trazido por Brea, já que ele defende que o campo da cultura é um campo de batalha interdisciplinar. Dentro do que ele chama de estúdios visuales, trava-se uma busca por uma pesquisa que leve em consideração a cultura visual, que olhe para o passado ao mesmo tempo que olha para o presente e que seja multidisciplinar.
Também discutiu-se a defasagem entre os países que já instituíram um debate sobre os estúdios visuales e o Brasil, que ainda não possui sequer uma escola de graduação em História da Arte, conforme o texto de Zanini. A partir dessa constatação vimos que esse delay contribui para que a cultura visual tenha dificuldade de entrar no âmbito da universidade para ser pesquisado no contexto da produção artística contemporânea.


Mariana Xavier

O capital cognitivo das novas humanidades

Seminário sobre os textos de José Luis Bréa e Walter Zanini.
Porto Alegre, IA/UFRGS, 14.04.09

No segundo seminário da disciplina Metodologia da Pesquisa em Artes, foram debatidos os textos do espanhol José Luis Bréa[1] e do brasileiro Walter Zanini[2], ambos autores contemporâneos importantes, principalmente no que se refere as suas atuações nos seus países de origem para a implantação de novas frentes de pesquisa e de debate no campo das artes, especificamente para a História, Estética e Estudos Visuais.

Após breve relato de Mª Amélia Bulhões sobre a natureza e importância dos temas do seminário, a dinâmica da discussão se deu a partir de questionamentos provocados pelos próprios alunos entre si. Curiosamente, a maioria das questões (senão todas) levantadas pelo grupo surgiu a partir de dúvidas sobre pontos em que as idéias dos autores não foram absorvidas de forma direta por cada um. Muito se ouviu nas introduções que antecederam as perguntas, frases do tipo ‘não sei, mas o que tu achas que o autor quis dizer com...’, ‘não ficou muito claro para mim...’, ‘não sei se entendi bem, mas...’ e por ai afora. Esse bate e volta de dúvidas criou uma série de questionamentos e respostas construídas a partir de auto-reflexões que a meu ver se mostraram muito ricas na síntese geral do debate. Ao contrário de procurar responder questões previamente formuladas de um texto, o que nos foi proposto era ainda mais desafiador, pois nos convidava a lançar um olhar crítico sobre idéias aparentemente cristalizadas como verdades, e não simplesmente encontrar respostas diretas amparadas pelos trechos sublinhados da fala do Bréa ou do Zanini. Cada um de nós interferiu com suas próprias inquietações sobre os temas em pauta, sem, no entanto fugir do ponto de partida norteador das discussões que eram os dois textos. Terá sido um exercício real da dúvida radical? (hum...)

Bom, sem querer voltar ao Bourdieu (e até fizemos isso durante o debate), as questões mais importantes levantadas pelo grupo giraram em torno das análises sobre estudo das artes nas disciplinas tradicionais da História da Arte e a Estética, e a nova abordagem proposta pela corrente liderada por J.L. Bréa como os Estudos Visuais. Disciplina esta ainda nova e pouco explorada nos meios (acadêmicos ou não) que encontram na visualidade seus temas geradores prioritários.

Resumindo alguns pontos do texto do Bréa no qual mais longamente nos debruçamos, destaco em primeiro lugar a questão da instabilidade atual de uma reconhecida idéia de autonomia das artes frente a outras áreas de conhecimento, uma vez que esta hoje se vê atravessada, ou entrecruzada por outras disciplinas e enfoques que a colocam em cheque frente ao crescimento de novos espaços da vida cotidiana pelos quais um território cada vez mais vasto de práticas de produção de significados culturais vem se construindo.

Analisar como se constrói os significados individuais e coletivos fora do campo da confortável autonomia das artes é tarefa que exige uma flexibilidade capaz de abarcar igualmente procedimentos, materiais, mediações e etc., cada vez mais amplos e diversificados.
‘(...) o transbordamento de limites e fronteiras e a hibridação entre práticas diversas é um fato e parece inevitável que o discurso crítico artístico amplie seus recursos táticos e analíticos – sua maquinaria crítica e interpretativa - para incluir com tanta solução quanto é possível essa extensão – e intersecção – dos modos de fazer das próprias práticas, cada dia mais contaminadas, entre- mescladas e indistinguíveis no colo de outros suportes, gêneros, disciplinas ou mediações, sem incluir outros usos da prática social, política, a construção da vida cotidiana, os processos de agenciamento identitários,...etc.’ (BRÉA, p.11)
O autor cita ainda três modelos de como abordar este quadro, mas com destaque para o que não propõe nenhum corte, substituição ou enjambramento e sim uma metodologia transdisciplinar, num território transitivo que abarque uma constelação de práticas e modos de fazer que possam gerar simbolismos e significados culturais. A estas práticas de ação nos campos de transbordamentos dos Estudos Visuais o autor chama de Novas Humanidades.
Para finalizar com um dos conceitos que me pareceu mais importante dentre os levantados pelo autor, aponto a idéia do capitalismo cognitivo que faz circular idéias como moedas de trocas nas sociedades contemporâneas ao invés de bens materiais. É neste novo conceito de economia geradora de conhecimento como bem imaterial que as sociedades atuais podem estabelecer novas bases de valoração de bens culturais. É ai que o campo da arte se destaca como uma área de atividade humana que já traz na sua gênese a produção de valores intelectuais como ferramenta de sustentação, e onde as potencialidades das práticas de produção do imaginário se multiplicam e se acrescentam a cada dia.

Flavya Mutran

[1] BREA, José L. Estética, História da Arte, Estudios Visuales, in Estúdios Visuales N°3 Madrid, CENDEAC, enero 2006 – (pp.8-26)
[2] ZANINI, Walter. Arte e História da Arte. Estudos Avançados vol8 n°22 São Paulo, set/dec 1994.