quinta-feira, 16 de abril de 2009

Comentário

COMENTÁRIO SOBRE O SEMINÁRIO ZANINI E BREA

O seminário sobre os dois textos lidos foi bastante interessante, a começar pelo método proposto de elaborarmos perguntas para propor aos colegas. O próprio exercício de ter de pensar nos temas do texto para essa tarefa nos obrigou a fazer uma leitura profunda das idéias trazidas pelos autores – especialmente no texto de Brea.
Nos familiarizamos com vários termos da arte que eram desconhecidos à maioria da turma tais como “ capitalismo cognitivo” e “autonomia da arte” na visão de Pierre Bourdieu. Fora isso, também criou-se um elucidativo debate sobre as associações de críticos no país, no qual pudemos entender um pouco melhor sua importância e funcionamento.
Tratando especificamente das questões trazidas pelos textos, me chamou bastante atenção o conceito de não-neutralidade do objeto trazido por Brea, já que ele defende que o campo da cultura é um campo de batalha interdisciplinar. Dentro do que ele chama de estúdios visuales, trava-se uma busca por uma pesquisa que leve em consideração a cultura visual, que olhe para o passado ao mesmo tempo que olha para o presente e que seja multidisciplinar.
Também discutiu-se a defasagem entre os países que já instituíram um debate sobre os estúdios visuales e o Brasil, que ainda não possui sequer uma escola de graduação em História da Arte, conforme o texto de Zanini. A partir dessa constatação vimos que esse delay contribui para que a cultura visual tenha dificuldade de entrar no âmbito da universidade para ser pesquisado no contexto da produção artística contemporânea.


Mariana Xavier

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